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Cuidar pode ser leve?

Sim, é a resposta. Sem dúvida, seu complemento.

Geralmente quando falamos no cuidado com a pessoa mais velha lembramos sempre dos momentos difíceis e dos impasses: a pessoa não quer tomar a medicação, não quer comer adequadamente e nas horas corretas, quer andar sozinha pela cidade quando já não tem mais condições físicas ou psíquicas pra tal.

Lidar com esses problemas diretamente é necessário, e falaremos sobre isso em outro momento, porém não é a única estratégia disponível.

Um NÃO, pode ser mais bem aceito pelo idoso se ele estiver mais contente e satisfeito com o relacionamento, sentindo-se respeitado e honrado. É como preparar o solo para a semente - se ele não estiver bem cultivado provavelmente a semente não germinará e não trará frutos.

Então, vamos falar sobre maneiras para nutrir esse relacionamento? Você perceberá que não será só o seu velhinho que ganhará com isso, mas você também se sentirá evoluindo, compartilhando da sabedoria dele.


6 maneiras de honrar nossos idosos


Os idosos têm uma vida inteira de experiência para compartilhar conosco. É bom lembrar que eles vivenciaram grandes transformações culturais em um país que passou por inúmeras crises. Esses brasileiros experientes não só têm muito o que nos ensinar sobre como suportar mudanças e lidar com as adversidades da vida, mas também tiveram um enorme impacto em nossa sociedade, tanto no passado quanto no presente, e precisamos lembrar disso e honrá-los com nosso carinho e atenção.


Portanto, mesmo que a audição ou a memória de um idoso não seja o que era no passado, é importante lembrar que nossos velhinhos têm grande sabedoria para transmitir. Uma coisa é ler sobre como era a vida antes do rádio, da televisão, energia elétrica, telefone etc. outra coisa, e muito mais cativante, é ouvir de alguém que viveu toda essa mudança.


1. Peça conselhos.


Os idosos são algumas das pessoas mais sábias da sociedade. É uma pena pensar que um velho, com uma vida inteira de experiência, não tem oportunidade de compartilhar esses ensinamentos. Eles têm muito a contribuir para a sociedade por meio de suas experiências de vida, portanto, procurar o conselho deles é um tempo bem gasto. Vocês dois vão apreciar o sentimento e certamente a boa história por traz de toda essa sabedoria.


2. Ligue para eles.


Telefonemas são uma maneira pessoal de dizer e mostrar que você se importa. Se você mora muito longe de seus entes queridos para vê-los regularmente, pegue o telefone e ligue para eles. Em nossas vidas ocupadas, é fácil esquecer o quanto significa para um idoso tirarmos um tempo do nosso dia para dizer “olá”, sem maiores pretensões que não apenas ouvir sua voz e dar um bom dia, boa tarde, boa noite.


3. Conversar sobre a trajetória da família, histórias e tradições.


Há uma força inegável nas histórias de família. De fato, colher a história familiar por meio da memória pode não apenas unir os seus membros e fortalecer os laços entre as gerações, mas também educar sobre riscos genéticos (doenças comuns presente na história familiar), histórico de migração (ou imigração) e muito mais. Estudos recentes mostram que crianças que têm mais conhecimento de sua história familiar também tendem a mostrar maior resiliência emocional, além de enfrentar desafios e estresse de forma mais eficaz, porque têm um senso mais forte de onde vêm e quem são.


Tópicos interessantes a serem consultados:

  • Destaques da carreira (por exemplo, conquistas significativas no trabalho, trabalho favorito)

  • História familiar (por exemplo, genealogia, origens da família)

  • Conselhos de vida (por exemplo, visão sobre o envelhecimento, palavras de sabedoria para compartilhar com filhos e netos)

  • Histórico médico (por exemplo, problemas de saúde comuns com membros da família, diagnóstico de doença com risco de vida)


  • História pessoal (por exemplo, memórias de infância, história de namoro)


Muito parecido com um quebra-cabeça, o patrimônio memorial biográfico é composto de muitas peças que formam uma obra-prima para compreender um indivíduo e sua jornada. Reservar um tempo para visitar entes queridos idosos nos permite reconectar com nossas raízes e reunir as peças desse quebra-cabeça. É preciso compreender que tais informações, se não forem registradas, perdem-se no espaço de três gerações.


4. Comam juntos.


Comer juntos é um dos maiores costumes sociais da humanidade. Enquanto nutre seus corpos, você também pode se atualizar e se divertir, nutrindo a alma. Se você se aventurar em um restaurante favorito, fazer um piquenique ou visitar a casa de seu ente querido, tente comer junto também. Até mesmo registrar um receita favorita que só sua avó/avô, pai/mãe sabe e que tem um gostinho especial, gostinho de memórias da infância.


5. Passe algum tempo com eles (e ouça atentamente).


É necessário considerar que nossos idosos podem ter limitações no convívio social: não têm mais sua agenda social de trabalho por estarem aposentados, perderam o cônjuge e/ou alguns amigos, alguns dos filhos podem não morar na mesma cidade etc. Daí a grande necessidade que têm de falar, contar histórias de coisas que já foram vividas e muitas vezes histórias repetidas que já sabemos de cor. Alguma impaciência é esperada nessa hora, mas aprenda a ouvir generosamente, você perceberá que aquele causo que está cansado de ouvir tem detalhes intrigantes que não havia reparado. E aprenda com eles a virtude da paciência e a apreciação pelos detalhes. Lembre-se: recordar é viver e nesses momentos de encontro e contação de história o idoso revive relacionamentos e modos de vida há muito perdidos. Isso promove o bem estar de quem conta e a sabedoria a quem ouve atentamente.


6. Diga-lhes o quanto você os ama e respeita.


Mesmo que você demonstre que respeita os mais velhos por meio de suas ações, é importante dizer-lhes o quanto você os ama e respeita. Os elogios enviam uma mensagem muito positiva e dão propósito às pessoas, especialmente aos adultos mais velhos. Se houver um idoso que o tenha impactado positivamente, por favor, faça questão de passar um tempo com ele; vai trazer um sorriso ao seu rosto e uma memória afetiva nova que ele guardará com carinho.








Traduzido e adaptado: https://www.parkwoodheights.com/media/6-ways-to-honor-our-elders

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